Depois do último dia 10/10/2022 quando a nota da ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil – sobre a suspensão de aeronaves turbo jatos em Fernando de Noronha foi suspensa, podem acreditar, a situação ficou feia pra todos nós.
É do nosso conhecimento que a pista de pouso do Aeroporto Governador Carlos Wilson – Fernando de Noronha faz tempo que precisa de uma reforma, e que há anos vem sido relatado pelos pilotos que frequentemente fazem essa rota, mas a surpresa veio com a pressa das autoridades competentes de restringir quase que imediatamente a malha aérea, comprometendo e desgastando demais a população local e claro, os visitantes.
A proibição é um fato, é justa, é necessária, é pertinente, e compromete a segurança de todos. E estamos acompanhando diariamente os pensamentos errôneos dos que culpam a ANAC por qualquer situação que todos estamos vivendo. A ANAC, em uma das suas atribuições, apenas prevê a regulamentação e ordenamento do setor de aviação, garantindo que cada empresa aérea faça o seu papel dentro destas regulamentações, a fim de garantir a segurança dos passageiros. E tomar uma medida dessa foi necessário pra garantir tudo isso.
No entanto, por outro lado, temos vários grupos de interesse que foram altamente prejudicados por essa medida, como as companhias aéreas, os moradores que vivem do turismo local e os próprios visitantes. Todos foram afetados. Funcionários da Gol e da Azul estão sendo insultados por passageiros, que por sua vez brigam com as pousadas também por se sentirem lesados e quererem seu dinheiro de volta.
Vamos com calma! Uma vez que se compreende que a restrição é necessária, e que todos somos vítimas do novo modelo de turismo que se implantou, fica bem mais fácil de tomar os próximos passos. A ilha está bem mais vazia que o normal, muitos passageiros tiveram passagens canceladas e/ou alteradas. Muitos estabelecimentos estão também se virando pra honrar qualquer acordo que foi quebrado, sem ninguém ter culpa. Sejamos mais flexíveis, menos autoritários, vamos todos juntos entender o que pode ser feito, qual a melhor forma de lidar com as situações que estamos vivendo (todos) sem agredir ou procurar culpados. Os turistas dependem dos voos, que dependem do turismo local, que depende das pousadas, empresas de passeios e restaurantes, que dependem de todos citados acima. É um ciclo que não termina e que somente juntos (pela causa maior da segurança de todos) é que vamos atravessar com o menor impacto possível.